domingo, 10 de maio de 2009

www.perifericalizar.com

Como tornar periférico em três passos?

Como pegar numa víscera nobre
E colocá-la num sítio distante da função?
Partir deste exemplo pobre:
Como ignorar um coração?

Primeiro.
Mestre andré tinha um tamborzinho.
Não consta que o pioneiro
Da famosa loja do minho
Tivesse víscera alguma
Onde armazenasse carinho.

Segundo.
O homem de lata
Mesmo sem um coração,
Com uma facilidade nata
Enfardaria o cobarde Leão.

Terceiro.
Não é repugnante
que seja o coração de PORCO
o orgão mais semelhante
ao homónimo do nosso corpo?

Conclusão.
Se não vencer o corpo p'la razão
posso sempre cortar um braço.
E não podendo dar-te a mão
vencê-lo-ei p'lo cansaço!

www(ponto)final(ponto)sem

Exausto das excessivas enxaquecas
A que me exponho
Durante o extenuante exercício
De vos escrever

Marco o ponto.
O final,
o derradeiro
ponto em que me encontro.
E afinal,
o primeiro.

Da abertura convencional
Edificada na parede
Para que olhos entrem e saiam
Não vejo mais que o usual
Recolher da rede
Pelas mãos dos que sempre ganham.

E que gloriosa moral descartada
(por vir à superfície)
se entende como pescado
preso nas rendas descarnadas
do vestido da Alice?

Porque destes olhos molhados
Nenhuma mensagem especial.
A chuva existe. Pronto!
Ponto Final.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

curta.blogspot.com
















A viagem. Curta.
Tardes de chuva. Chuva curta demais.
Antes que anoiteça, há areias nos pés.
Fala-se de muitas coisas, reis.
São viagens que não acabam nunca.
Silêncio silêncio silêncio
Qualquer coisa que não volta, que voou.
Sempre para o sitio onde a esperam.

Toma, é tua.

Deixo-te aqui as notas e o sucesso
numa caixinha.
Não, não tenho mais.
Dou-te as minhas mãos
que fazem incríveis
peças de barro
moldaram a forma como me vês
não, não te dou o mundo
dou-te o que posso
o que tenho de meu
é teu, é simples, inconfundível.
É transparente
o meu sentimento
E a felicidade que me dás
e o amor que me dás
alimenta-me a fome
faz-me ter mais fome
O meu corpo já não dorme
mas acorda por ti
todos os dias de manhã
Não é uma tarefa,
não é uma sorte,
é um privilégio
dar-te a mão, a boca
e amar-te.

Parabéns

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