segunda-feira, 29 de junho de 2009

UNICÓRNIOS NO JARDIM

Ainda canto baixinho
e te sopro no ouvido
um implicante zumbido.
Ainda danço até cair
e fico até sair
com a minha mão sobre a tua.
Ainda me deito na erva
e me riu sozinho da perda
de cinco ou seis sentidos.
Ainda há unicórnios
no meu jardim
e anões e gigantes
e coisas assim.
Ainda sou eu que peço
que anseies o meu regresso
e me dês palavras meigas
próprias do teu ser.
Ainda sou eu a fazer piadas
com a guitarra em dó
e a querer voar com fadas
alérgicas ao pó.

AS COISAS QUE ME LEMBRAM DE TI

Salta pensamento e voa
foge quando o tento parar
nao alcanço, nao possuo
as coisas que me rodeiam,
as coisas que me pertencem
são flores que me caem das mãos
sem que ninguém as queira apanhar,
inúmeras lembranças depositadas no ar...



no suspenso...


no chão.
Mas tudo o que é belo
está lá, nas minhas coisas
ali, nas nossas coisas
em cima da cama
em cima da mesa,
como pegadas nossas
que ninguém sabe desvendar.

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