segunda-feira, 29 de junho de 2009

UNICÓRNIOS NO JARDIM

Ainda canto baixinho
e te sopro no ouvido
um implicante zumbido.
Ainda danço até cair
e fico até sair
com a minha mão sobre a tua.
Ainda me deito na erva
e me riu sozinho da perda
de cinco ou seis sentidos.
Ainda há unicórnios
no meu jardim
e anões e gigantes
e coisas assim.
Ainda sou eu que peço
que anseies o meu regresso
e me dês palavras meigas
próprias do teu ser.
Ainda sou eu a fazer piadas
com a guitarra em dó
e a querer voar com fadas
alérgicas ao pó.

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